segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Refletir 2014 para avançar em 2015

por Marcio Ornelas

As jornadas de junho e as eleições

As Jornadas de Junho foi um grandioso movimento de massas que ocorreu no Brasil inteiro em 2013. Elas mobilizaram milhões de pessoas e colocaram nas cordas o conforto da elite política que governa o país. Um movimento essencialmente urbano, que começa com o desgaste gerado pelo aumento tarifário dos transportes públicos, mas que se desdobra no questionamento aos péssimos serviços de educação e saúde públicas, assim como no aumento do custo e da insalubridade da vida nas grandes cidades. Ainda que sejam uma expressão do voluntarismo da insatisfação e da revolta acumulada, as jornadas de junho resgataram o debate sobre o direito à cidade, tal como evidenciaram as consequências mais nocivas da produção capitalista do espaço.

Nesse ponto é necessário fazer uma distinção importante. O direito à cidade não é simplesmente a luta pelo acesso aos equipamentos urbanos, advindos dessa produção capitalista do espaço. Na concepção lefebvreviana (e também marxista), o direito à cidade é o direito à produção do espaço. É pensar a cidade coletivamente e inverter essa lógica onde poucos decidem os rumos do urbano, é a inclusão dos excluídos em todas as etapas. Portanto, é muito significativo para a conjuntura que tenhamos milhões de pessoas tomando as ruas, exigindo maior participação na política e também denunciando as mazelas da vida urbana. Ainda que toda essa onda de indignação não tenha se desdobrado numa alternativa política que se proponha a disputar o poder e efetivar as mudanças cobradas, devemos encarar as jornadas de junho como o início promissor de um processo que já culmina na elevação do nível de consciência da população.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

DIPLOMAÇÃO DOS DEPUTADOS NA ALERJ: FESTA E LUTA POLÍTICA

Bancada do PSOL faz protesto.
 No cartaz, a seguinte frase:
 "A violência contra mulher
 não pode ter voz no parlamento"
Nesta segunda dia 15 de dezembro, no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) ocorreu a diplomação do Governador reeleito Luiz Fernando Pezão do seu vice Francisco Dornelles; do Senador Romário e de seus suplentes; dos deputados federais e estaduais e dos seus respectivos 1 e 2º suplentes.

Nosso partido elegeu 03 parlamentares para a Câmara Federal (Chico Alencar, Jean Willys e o Cabo Daciolo) e 05 representantes para ALERJ (Marcelo Freixo, Paulo Ramos, Flavio Serafini, Eliomar Coelho e Dr. Jullianeli).

Como suplentes foram diplomados Renato Cinco e Paulo Eduardo para a casa legislativa de Brasilia; e Prof. Josemar e Dinho da Farmácia para o Palácio Tiradentes.


Protesto do PSOL contra Bolsonaro

A bancada do PSOL realizou um protesto silencioso (com cartazes) no momento de diplomação de Deputado Jair Bolsonaro.

Tal atitude está relacionada as declarações machistas que foram feitas pelo Deputado na semana passada contra a deputada do PT gaúcho Maria do Rosário.

Não aceitamos o machismo e n em banalizamos o estupro. Para nós, o estuprador é um criminoso e quem faz apologia a esta forma de violência também é. Saudamos a iniciativa da bancada eleita de realizar o protesto e seguiremos na luta pela cassação do mandato do Deputado Federal Jair Bolsonaro.


Presidente do PSOL São Gonçalo é diplomado primeiro suplente de deputado estadual


Prof. Josemar recebe o seu diploma
Entre os parlamentares diplomados, estava o presidente do partido na cidade, o professor Josemar Carvalho, que será o primeiro suplente da nossa bancada a deputado estadual.

Estamos felizes pela diplomação do companheiro. Sabemos que o mesmo está preparado para assumir o mandato, caso seja necessário. Sua história como fundador do PSOL, militante de movimentos sociais e de liderança politica nos garante isso.

Não é apenas uma vitória pessoal do Prof. Josemar. Mas uma conquista de todos aqueles que acreditam que nosso país, nosso Estado, e nossa cidade (em particular), precisam de uma nova forma de fazer politica: onde os movimentos sociais tenham vez e voz, com democracia, ampliação de direitos sociais e participação dos trabalhadores.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Nota de Repúdio a Jair Bolsonaro: Cassação já!

Ontem dia 09 de dezembro, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) aprontou mais uma.

Todos lembram do seu histórico de defesa da ditadura militar e da tortura existente no período. Agora Jair Bolsonaro reafirmou, na tribuna da Câmara dos Deputados a sua postura machista ao se dirigir agressivamente a parlamentar gaúcha Maria do Rosário (PT-RS).

Estamos divulgando a nota do PSOL Nacional assinada pelo nosso presidente Luiz Araújo onde exigimos a cassação do deputado. Divulgamos também dois vídeos, onde em momentos distintos Jair Bolsonaro reafirma a sua postura machista, se dirigindo a mesma deputada.

Repudiamos veementemente tal posição, o estupro não é como algo banal. Exigimos respeito a todas as mulheres independente de raça, de credo religioso ou posição politica.

Entendemos que figuras como Jair Bolsonaro não merecem estar no parlamento brasileiro. Incitam a ódio e a violência. Defende a tortura, o racismo, o machismo, a homofobia e a xenofobia.

Por isso, fora Bolsonaro! Cassação Já!!!


Prof. Josemar Carvalho
Presidente do Diretório Municipal PSOL - São Gonçalo - RJ


Nota de Repúdio a Jair Bolsonaro: Cassação já!


O Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP/RJ), conhecido por suas posições racistas, machistas, homofóbicas e em defesa da Ditadura Militar, protagonizou no dia de ontem mais uma agressão às mulheres, ao parlamento e à democracia brasileira. 

Referindo-se à ex-Ministra dos Direitos Humanos, Deputada Federal Maria do Rosário (PT/RS), Bolsonaro afirmou que não a estupraria porque ela "não mereceria". A frase absurda revela os valores do deputado carioca e se soma a dezenas de outros impropérios verbalizados noutras oportunidades contra negros, gays, lésbicas, pessoas que cumprem sentença judicial, mulheres, militantes torturados pela Ditadura Militar e pobres em geral. 

O PSOL recorreu ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados mais de uma vez contra Bolsonaro, mas o corporativismo dos deputados conservadores que compõem aquele órgão impediu que ele fosse punido. 

Ainda assim, não descansaremos até que este representante do atraso seja punido. Recorreremos novamente a todos os recursos cabíveis, dentro e fora da Câmara dos Deputados, para ver o mandato de Bolsonaro cassado. Sua presença na Câmara dos Deputados desonra a democracia e o parlamento brasileiro.  

 Luiz Araújo

Presidente Nacional do PSOL

Vídeo do dia 09 de Dezembro  de 2014, onde Jair Bolsonaro reafirma que não estupraria Maria do Rosário


Vídeo de 2008, onde Jair Bolsonaro ameaça fisicamente a  Deputada Maria do Rosário e afirma que estupraria 



domingo, 7 de dezembro de 2014

AGRESSÕES E MORTES DE MULHERES CONTINUAM EM DESTAQUE NAS ESTATÍSTICAS POLICIAIS


Ao sair para o trabalho, D. ainda tinha as marcas no pescoço da agressão sofrida na noite anterior, quando o policial e ex-companheiro F. tentou estrangulá-la, em São Gonçalo. Tudo começou por causa das brigas e gritarias dos dois filhos de D. – o mais novo, de 5 anos, é filho dele. F. irritou-se, ameaçou quebrar coisas e D. tentou proteger a TV. Na frente das crianças, ele apertou seu pescoço, mas ela reagiu e se soltou. Então F. quebrou a TV lançando o aparelho no chão.

Esse é o relato recente de uma diarista que, como tantas outras mulheres, é uma vítima da violência, na maioria das vezes feita pelo próprio companheiro. Muitos casos terminam em mortes, pelo simples fato de serem mulheres, ou seja, uma violência de gênero. O tema já é pauta de discussão no Congresso Nacional, através do projeto de lei do Senado 292/2013, que propõe alterações no Código Penal para inserir o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Nota de apoio à ocupação Zumbi dos Palmares

Na sexta-feira, 31 de outubro, centenas de lutadores deram início a ocupação de um terreno entre os bairros do Jardim Catarina e Santa Luzia que há mais de 30 anos estava abandonado. A ocupação foi organizada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). A ocupação ocorreu sem maiores problemas e cada dia mais pessoas de áreas vizinhas buscam um lugar onde possam montar um barraco que em um futuro próximo possa se transformar em uma casa.

Atualmente a ocupação já reúne mais de 700 famílias aproximadamente. Esse crescimento estrondoso não é surpresa, devido ao enorme déficit habitacional de mais de 60 mil moradias em nossa cidade. De maneira coletiva as diversas famílias constroem novos barracos e realizam atividades propositivas e organizacionais.

O nascimento da Ocupação Zumbi dos Palmares em São Gonçalo contribuiu para a visibilidade do problema da moradia na cidade. Portanto, demonstrando a necessidade de programas mais abrangentes de habitação, o qual possa garantir um direito básico que é o acesso a moradia digna.

O PSOL São Gonçalo, por meio desta nota, manifesta todo o seu apoio e solidariedade à luta por moradia digna e melhores condições de vida para o povo trabalhador.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Plínio de Arruda : um exemplo de lutador

É com muito pesar que a morte do companheiro Plínio de Arruda Sampaio ( 1930-2014) abate o Partido Socialismo e Liberdade em julho de 2014. Sem dúvidas Plínio de Arruda foi um militante aguerrido, valente e fraterno do nosso Partido. Porém, sua morte nos traz ainda mais força para nesse pleito eleitoral combater o conservadorismo, o capitalismo e todos aqueles que contribuem para a sociedade desigual.

Plínio deu início a sua militância no Movimento Juventude Estudantil  Católica em São Paulo,  em seguida concluiu o curso de bacharel em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco- Foi eleito deputado-federal pelo Partido Democrata Cristão, mas teve seu mandato cassado com o golpe civil-militar de 1964. Seguiu para o exílio onde manteve suas atividades políticas.

domingo, 18 de maio de 2014

"CASTELO DE CARTAS DE MULIM" COMEÇA A CAIR

por Prof. Josemar Carvalho
  
Um balanço necessário
A maioria da população apostou que Neilton Mulim representaria renovação. Infelizmente foi o contrário disso que aconteceu neste 1/3 de gestão.
Para começar o “festival” de equívocos, a primeira medida do governo foi aumentar o salário dos cargos comissionados. A maior distorção ficou no salário dos subsecretários, que de aproximadamente R$ 2.800,00 pulou para R$ 9.200,00. Um aumento que só serviu para onerar os cofres públicos. Enquanto isso, alguns servidores concursados ganham menos do que um salário mínimo.
Este é um dos pontos que explica a mobilização atual dos três segmentos do funcionalismo municipal (os profissionais de educação, os agentes comunitários de saúde e servidores da administração) em nossa cidade. O PSOL é solidário a todas as demandas destas categorias.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Barbárie X Resistência

por Pedro He-man
Copacabana tem manifestação contra desaparecimentos não esclarecidos Alessandro Costa/Agência O DiaTemos acompanhado uma aguda escalada de violência no nosso Estado. Uma sensação de insegurança crescente que toma conta da população em toda a região metropolitana. 
Na cidade do Rio, os intensos confrontos seguem fazendo vítimas inocentes, em sua grande maioria pobres e moradores de favelas. Tais como Amarildo, Claudia e DG.
As imagens de Copacabana sendo tomada pela barbárie, chocaram o mundo todo. O deslocamento do efetivo policial para garantir a realização da Copa, em parte explica aumento da criminalidade em outros locais. Niterói é assolada por uma onda de roubos e sequestros. Tiroteios em meio ao centro da cidade. Em São Gonçalo não é diferente. Comunidades outrora tranquilas, estão reféns da ação de bandidos, isoladas pela ausência de políticas públicas que sejam eficazes para garantir a segurança da população.

domingo, 11 de maio de 2014

Copa pra quem?

por Jorge Santana

Em 2007, o Brasil foi o único país a entrar na disputa para sediar a Copa do Mundo de 2014 e, como não poderia ser diferente, saiu vitorioso. O ex-presidente Lula sorriu como uma criança. O sentimento pertinente era de que, agora, o Brasil, país ainda emergente, tomaria impulso no evento e, finalmente, se consolidaria como uma das principais potências mundiais. O país do futebol teria a chance de mostrar ao mundo como seria possível fazer a maior Copa do Mundo de todos os tempos. A conjuntura era ótima, a economia em ritmo crescente, a inflação baixa e um aumento significativo de postos de trabalho. Havia um forte sentimento de “ninguém segura esse país”. Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, bradava aos quatro cantos que não haveria gasto público, uma copa 100% bancada pelas empresas privadas. 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Panfletagem do jornal do PSOL São Gonçalo em Alcântara

Na última quarta-feira (07/05) realizamos mais uma panfletagem da edição n° 2 do jornal do PSOL São Gonçalo. Começamos o dia distribuindo o material na assembleia do SEPE que decidiu pela continuidade da greve. Logo depois, fomos à Alcântara para dar prosseguimento a panfletagem. Vejam algumas fotos:




quarta-feira, 7 de maio de 2014

50 anos do golpe militar: relembrar para nunca mais viver

por Isabel Tomaz
2014 marca 50 anos do Golpe Civil Militar que durou 21 anos. A memória do período da ditadura passeia pelo "imenso" avanço econômico de determinadas classes da sociedade; ou pelas obras faraônicas, como a Ponte Presidente Costa e Silva, a Rio-Niterói; ou pelo tricampeonato da Seleção Brasileira de Futebol em 1970 "Pra frente Brasil, salve a Seleção!"; ou pela segurança pública, que muitos dizem que era impecável - "podia-se" andar na rua tranquilamente sem o medo de ser assaltada.
Não. Essa foi a época da repressão, da censura, dos desaparecimentos e de diversos fatores que deixaram marcas severas na história do Brasil. A união das forças armadas com setores da sociedade, sobretudo do empresariado, fizeram que "O país que anda pra frente", retrocedesse. Todas as transformações desse período ocorreram à custa de muita violência. Com os opositores do Regime Militar presos, espancados, torturados e mortos. Com diversos ataques a consciência política da sociedade, visto a falta de debates. Ou com a existência de apenas dois partidos, que jogavam o mesmo jogo do Estado golpista (MDB x ARENA). Da cassação dos direitos políticos de diversas pessoas. Da repressão aqueles que lutavam contra as condições precárias de trabalho - a ditadura no Brasil atingiu demais a classe trabalhadora.

Panfletagem do jornal do PSOL São Gonçalo na Feira de Neves

Em posse da edição n° 2 do jornal do PSOL São Gonçalo, realizamos no último domingo (04/05) uma excelente panfletagem na feira de Neves. A população foi muito receptiva ao nosso material e também foi ao microfone fazer o seu protesto. Seguimos lutando e denunciando os absurdos do governo Mulim! Vejam algumas fotos da atividade:





segunda-feira, 28 de abril de 2014

2° Plenária do PSOL São Gonçalo

No último domingo (27/04) realizamos a 2° Plenária do PSOL São Gonçalo no ano. Debatemos a conjuntura municipal à luz das greves que movimentam o município. Definimos também, uma agenda parcial para panfletagem da  Jornal n° 2 do PSOL São Gonçalo. Seguem as datas da panfletagem e algumas fotos da atividade:

04/05 às 09h - Panfletagem na Feira de Neves
0705 às 17h - Panfletagem em Alcântara
10/05 às 10h - Panfletagem na posse da Comissão da Verdade São Gonçalo





domingo, 13 de abril de 2014

1° parte do curso de formação política do PSOL São Gonçalo

Nesse domingo, realizamos a primeira parte do curso de formação política do PSOL São Gonçalo. A atividade foi aberta aos militantes e aos simpatizantes do partido. Fizemos um debate de qualidade que certamente vai contribuir para a formação de cada um de nós. Está prevista uma segunda parte, em breve teremos a definição da data e do local. Algumas fotos da atividade:




domingo, 6 de abril de 2014

A greve dos ACS revela o descaso do governo de Mulin com Saúde Pública

por André Tamandaré &
Prof. Josemar Carvalho

Mobilização do ACS no dia 04 de abril
Desde as jornadas de junho de 2013, o Brasil entrou no cenário de efervescência política. As mobilizações estão demonstrando que a população não aceita passivamente o descaso.

Aqui em São Gonçalo não é diferente, na última semana, tivemos duas greves que tomaram as ruas de São Gonçalo: a dos Profissionais de Educação e a dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

Neste texto, analisaremos as condições que levaram a greve dos agentes comunitários, bem como o descaso do governo de Neilton Mulim com a saúde pública de São Gonçalo.

A importância social do Agente Comunitário de Saúde 
e as condições que levaram à greve

Prof. Josemar ao lado
de Francisco Villela Presidente do SINACS
no ato
Os Agentes Comunitários de Saúde são a porta de entrada dos menos favorecidos às esferas do SUS. Exames, consultas, medicações, acompanhamento familiar e orientação à saúde são algumas tarefas cotidianas dos ACS’s.

Numa cidade com uma saúde pública precária, os agentes comunitários de saúde tem importância estratégica no combate a epidemias e vetores que podem se propagar. Infelizmente, a gestão de Mulim, assim como os dois mandatos anteriores de Aparecida Panisset, tratam com descaso estes trabalhadores.

As condições dos postos de saúde são muito precárias. A falta de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e medicamentos, revelam o descaso do poder público municipal. Cabe destacar que por incompetência da Secretaria Municipal de Saúde, o Programa Saúde da Família não cobre toda a cidade.

Os Agentes Comunitários de Saúde são desvalorizados pela Prefeitura. Exemplos do descaso não faltam. Baixo salário incompatível com as portarias do Ministério da Saúde é uma triste realidade. A falta de compromisso da gestão na realização dos recolhimentos das custas sociais, é uma vergonha para um governo que se diz republicano. O atraso do FGTS, do INSS e inclusive na falta de informação da RAIZ coloca os trabalhadores numa situação desconfortável.

O loteamento de Postos de Saúde para parlamentares da cidade, em troca de apoio político nos projetos que pouco beneficiam a população, também é uma vergonha da gestão de Neilton Mulim. Isto leva a uma má gestão, também produz o assédio moral nos postos de saúde.

Enquanto isto, o governo de Neilton Mulin gasta R$ 500 mil em 740 placas de bronze

Charge retirada do jornal Extra 27/03/2014
 - denunciando as placas de Mulim
Em meio a crise de gestão que passa a cidade de São Gonçalo, com forte questionamentos devido ao aumento das passagens, a falta de obras nas comunidades e a ausência de perspectiva de reajuste salarial, o governo de Mulim compra 740 placas de bronze para inauguração de postos de saúde.

Até onde sabemos não existem nem 5 postos de saúde sendo construídos na cidade, que hoje tem 67. Para onde vão as placas?

Uma observação bem pertinente: para utilizar todas as 740 placas seria necessário inaugurar uma unidade a cada três dias por mais de um ano.

A greve dos Agentes Comunitários de Saúde é emergente no sentido de chamar a população e os outros seguimentos para uma luta em que no fim, a conquista será coletiva como deve ser. 

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Josemar Carvalho, 38 anos, professor universitário e da rede pública de ensino. Presidente do Diretório Municipal do PSOL de São Gonçalo- RJ.

André Tamandaré de Lima, 35 anos, Agente Comunitário de Saúde. Diretor de Comunicação do Sindicato dos Agentes Comunitários do Estado do Rio de Janeiro - SINACS - RJ.

terça-feira, 1 de abril de 2014

50 anos do nefasto golpe militar

por Prof. Josemar Carvalho

Estamos completando 50 anos que a ditadura militar foi implementada no Brasil.

Uma triste página de nosso país, que ficou marcada pela usurpação do poder por parte de uma camada que estava politica-ideologicamente alinhada a burguesia internacional e aos pressupostos da guerra fria.

O Golpe de 1964 submeteu ainda mais o país ao endividamento econômico internacional. Ampliou as desigualdades sociais. Colocando o nosso país como “bola subserviente” do imperialismo norte-americano. 

Se hoje questionamos os mensaleiros do PT, do PR, do PSDB e do PTB. É porque com todas as contradições, o livre direito à manifestação é “minimamente” garantido. Na ditadura militar não era assim...

sexta-feira, 28 de março de 2014

Da Revolta da Chibata ao motim dos lixeiros, o Rio de Janeiro sublevado

por Jorge Santana

Há 114 anos, a cidade do Rio de Janeiro foi sacudida por uma rebelião na baía de Guanabara, a Revolta da Chibata. O caos tomou conta da capital da república quando marinheiros tomaram os dois mais potentes navios da Marinha e ameaçavam bombardear a cidade se suas reivindicações não fossem atendidas. Eram mais de dois mil marinheiros pobres, quase todos não brancos e subalternos. 

A Revolta da Chibata, em 1910, desafiou a hierarquia militar da Marinha do Brasil, os praças reivindicavam o fim dos castigos físicos, melhores condições de trabalho, aumento do soldo, direito a voto e ao casamento. O líder deles era João Cândido, um marinheiro negro, corajoso e destemido. Contudo, é importante assinalar que os marinheiros não tinham sindicato. Durante a tomada dos navios dois oficiais foram mortos. O governo federal aceitou o fim das punições físicas e a anistia dos rebeldes. Ao baixarem as armas ocorreu à caça às bruxas e a grande maioria dos revoltosos foram presos, expulsos da Marinha e outros assassinados sumariamente. 

sábado, 8 de março de 2014

Parabéns a todas as mulheres pelo seu dia! 08 de março! – Dia Internacional das Mulheres!

por Gleice Abboud

Diferentemente do que é propagado, como um dia meramente de festas. A história do dia 08 de março está diretamente ligada ao processo de reivindicações e conquistas.

Tudo começou no dia 08 de março de 1857, quando um conjunto de operárias de uma indústria têxtil de Nova Iork, realizaram uma greve.

As mulheres lutavam também por tratamento digno. As operárias ocuparam a fábrica, visando condições de trabalho, redução na carga horária de 16h para 10h de trabalho, equiparação de salários com os homens. É importante destacar que na época, as mulheres chegavam a ganhar um terço do salário de um homem.

Esta greve foi duramente reprimida e levou a morte de 130 tecelãs. A fábrica foi incendiada num ato totalmente desumano.

A partir de 1910, durante a Segunda Conferência da Internacional das Mulheres Socialistas na Dinamarca, a alemã Clara Zetkin propôs que a data fosse utilizada para homenagear as mulheres de todo o planeta. De lá para cá, a data passou ser parte do calendário dos movimentos sociais. A ONU reconheceu a data a partir de 1975.

No Brasil, a luta das mulheres também é antiga. No último 24 de fevereiro, completou 82 anos do voto feminino. Uma conquista que garantiu o direito a votar e ser votada.

Ainda hoje, vivemos uma sociedade onde atitudes sexistas e machistas são predominantes.

A luta contra a desigualdade de gênero no campo da saúde, do reconhecimento social e dos direitos continuam.

Parabenizamos a todas as mulheres que conquistam espaço a cada dia.

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Gleice Abboud, 30 anos, professora da rede pública estadual. Militante do PSOL de São Gonçalo- RJ.

Mais um round da luta de classes

por Prof. Josemar Carvalho &
Marcio Ornelas

Ato dos garis do dia 07/03/2014
Nos últimos meses temos acompanhado mobilizações de diversos setores da classe trabalhadora organizada, contrariando os ideólogos da burguesia, a luta de classes permanece atual e mais viva do que nunca. Vimos no ano passado a forte greve dos professores no Rio de Janeiro. Já no início de 2014 uma série de outras lutas seguiram, com destaque particular aos rodoviários de Porto Alegre e aos trabalhadores do COMPERJ. Agora, a histórica greve dos garis é a consolidação definitiva de que vivemos novos tempos.

Obviamente, não conseguiremos compreender essas lutas se não considerarmos o papel decisivo das jornadas de junho. Em 2013, milhões de pessoas tomaram as ruas do país para exigir inúmeras pautas que melhorariam muito a vida da população. A insatisfação popular dava a tônica do processo, não havia uma saída política clara ao movimento, mas a manifestação da negação ao que estava posto, já representava um avanço significativo em relação a tudo que vivenciamos nesses anos de democracia. Colocar a população no calor das lutas, impor uma derrota à política tradicional e provar a força da mobilização, são aprendizados que fazem o nível de consciência da população dar saltos.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Nota de repúdio aos ataques contra o PSOL

O Partido Socialismo e Liberdade de São Gonçalo (PSOL) vem por meio desta nota, enfatizar sua posição de um partido que se coloca sempre em defesa das lutas em favor da população, dos pobres e dos trabalhadores. A tragédia que vitimou o cinegrafista Santiago Andrade, no dia 06/02/2014 é repudiada por todos os militantes, parlamentares e dirigentes do PSOL. O PSOL se solidariza com família de Santiago Andrade e manifesta o pesar pela fatídica morte deste trabalhador. Os responsáveis devem ser investigados, julgados e responsabilizados por seus atos.

Entretanto, não podemos admitir que este lamentável acontecimento, sirva de instrumento para a grande imprensa lançar ataques irresponsáveis contra o PSOL, seus militantes e os movimentos sociais. Trata-se de uma clara tentativa de desarticular as manifestações e também destruir os partidos de esquerda que se colocam ao lado da população. Condenamos duramente a tentativa estapafúrdia de associar o deputado estadual Marcelo Freixo ao rapaz que disparou o rojão. Também saímos em defesa do militante PH Lima do PSOL São Gonçalo, que foi diretamente caluniado pela revista Época. Rechaçamos as mentirosas acusações de que PSOL financia manifestantes para praticarem atos violentos. Uma das frases escritas nas camisas dos nossos militantes é: “Não recebo um real, estou na rua por ideal”. Praticar essa consigna para nós é motivo de orgulho.

Por fim, somos contra toda e qualquer tentativa de criminalizar os movimentos sociais. Apostamos no método da mobilização de massas para a transformação da nossa realidade. É um dever nosso, seguir ao lado da população, incentivando as manifestações e lutando por melhorias na condição de vida do nosso povo.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

1° Plenária do PSOL São Gonçalo

Realizamos nesse último domingo (23/02) a primeira plenária do PSOL São Gonçalo de 2014. Reunimos um conjunto significativo de ativistas, com bastante presença da juventude, para realizar um debate rico sobre a conjuntura e sobre as perspetivas do nosso partido para o próximo período. Esse ano será muito rico, o desafio é fortalecer a organização e atuação do partido na cidade. Veja algumas fotos:




quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Um Novo Militarismo?

por Wendell Setubal

Em fins dos anos 60, com o endurecimento da ditadura militar, através do AI5, parte da esquerda resolveu combater o regime pela luta armada. As células de militantes passavam a se chamar CTA, ou seja, Comando Tático Armado. Em vez de ser um bom propagandista ou um bom agitador, o militante ou a militante priorizava aprender a atirar, fabricar bombas etc.

Dialogar com as massas, lutar suas lutas e, a partir daí, buscar lutas maiores? Isso era coisa de “reformistas”, do Partidão (PCB) e das organizações “massistas”, como eram chamadas pelos militaristas as organizações que não aderiam à luta armada, como, além do PCB, o PcdoB, a Ação Popular (AP) e a Política Operária (PO). Dessas, só o PcdoB sucumbiu ao apelo das armas com a desastrosa guerrilha do Araguaia.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Lições de 2013 e as tarefas para 2014: Uma leitura de esquerda para as mobilizações que acontecem em nosso país e em São Gonçalo!

Prof. Josemar Carvalho &
Marcio Ornelas

O ano de 2013 foi um marco na história do país. Milhões de pessoas tomaram as ruas para protestar por melhores condições de vida. Aqui em São Gonçalo não foi diferente, tivemos um recorde na participação popular durante e impusemos uma importante derrota ao governo.

Neste inicio de 2014, já estamos sentindo os “sintomas positivos” que a disposição para lutar aumentou. Contrariando assim, a máxima de que “o ano só começa depois do carnaval”.

Neste breve texto, analisaremos as consequências das jornadas de junho, mobilizações que sacudiram o país em meados do ano passado; e as perspectivas de novas mobilizações para o ano de 2014.

Tomaremos como ponto de partida para a reflexão: as mobilizações que acontecem no país e suas influências sobre a cidade de São Gonçalo.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O outro lado do shopping

         por Jorge Santana


Em grande parte do mundo, a modernidade, a urbanização e o progresso têm como indicativos a construção de grandes centros de consumo, mais conhecidos como shoppings-centers. Isso, principalmente, em cidades que estão passando por um rápido processo de desenvolvimento econômico. Ou seja, a construção de centros comerciais modernos e verticais é um indicativo de que a cidade se desenvolve, cresce e se moderniza; e que, seus habitantes elevam (através do crédito), cada vez mais, o seu poder de compra. Aproveitando-se desse novo conceito de desenvolvimento, o poder público anuncia o surgimento de um novo shopping como um marco evolutivo da cidade. Mas será que esse conceito de modernização atende, efetivamente, uma população tão carente de tudo, como a população gonçalense? Há controvérsias.

Há uma década, a cidade de São Gonçalo tinha apenas um desses empreendimentos, e de bem menor porte: o Rodo Shopping. Porém, de lá para cá, já foram construídos mais dois que, de acordo com alguns especialistas, colaboram para o crescimento econômico da nossa cidade, criando novos postos de trabalho; aumentam a oferta de atividades culturais, com a criação de salas de cinema; e, ainda, estruturam e modernizam a mobilidade urbana e a paisagem, pelo menos em torno dessas novas construções.