terça-feira, 31 de março de 2015

As mentiras de Neilton Mulim

por Marcio Ornelas

Este não é um texto de conjuntura. Aqui o leitor não encontrará um balanço aprofundado sobre o governo municipal, ou uma análise ampla sobre a crise econômica e política que acomete nosso país e, que inevitavelmente, traz consequências para o estado do Rio de Janeiro e para nossa cidade. Esse é um texto para reavivar a memória da população, com um objetivo central muito claro: contrapor o mundo da fantasia criado por Neilton Mulim durante a campanha eleitoral à realidade caótica em que se encontra São Gonçalo após dois anos da sua administração. Em última instância, é uma denúncia ao estelionato eleitoral enquanto método utilizado para se ganhar eleições e enganar o povo. De antemão, peço desculpas pelas inevitáveis ausências, as falsas promessas amontoaram-se com tamanha velocidade, que destrincha-las em sua totalidade converteu-se numa tarefa absolutamente inglória. Creio, ao menos, ter conseguido enumerar as mais notórias. Segue a lista:

1. Passagem a R$ 1,50 – Carro chefe de sua campanha no segundo turno da eleição e provavelmente grande responsável por sua vitória, Neilton Mulim prometeu abaixar a tarifa dos ônibus para R$ 1,50. Aconteceu justamente o contrário: em dois anos de gestão a passagem aumentou de R$ 2,60 para R$ 3,10 (e só não aumentou mais por que a população se mobilizou e barrou um dos aumentos). A saída mequetrefe que encontrou foi colocar cerca de 100 vans para circularam na cidade cobrando R$ 1,50 a passagem, preço que não é válido para finais de semanas e feriados (esse valor já foi reajustado para R$ 2,10).

2. Criação da companhia municipal de limpeza urbana – Uma proposta boa, retirada diretamente do programa do PSOL, que melhoraria a qualidade do serviço de limpeza urbana e ainda faria a prefeitura economizar cerca de R$ 100 milhões. Mas o prefeito jogou sua promessa no lixo, recontratando a mesma empresa que prestava um péssimo serviço na gestão de Aparecida Panisset. O resultado é desastroso, afinal, passados mais de dois anos de governo Mulim, vários bairros sofrem com a ausência regular de coleta de lixo e com a precariedade do serviço.

3. Transparência nos gastos públicos – O obscurantismo nos gastos públicos que marcou os oito anos do governo Panisset (que teve até seus direitos políticos cassados), seria superado com transparência na prestação de contas da nova prefeitura. Mas a realidade é que o prefeito Neilton Mulim foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado por um edital repleto de irregularidades, dentre as quais constava um sobrepreço na ordem de R$ 16 milhões, para a contratação da prestadora de serviços de limpeza urbana. Os gastos absurdos e não detalhados para o carnaval da cidade, lançam ainda mais dúvidas sobre a transparência dessa administração.

4. Valorização dos servidores públicos – Em apenas dois anos de governo Mulim, quatro importantes categorias do funcionalismo público fizeram paralisações ou greves: profissionais da educação, funcionários administrativos da prefeitura, agentes comunitários de saúde e guardas municipais. Reivindicavam melhores salários e condições dignas de trabalho. A prefeitura agiu para desarticular as mobilizações e dificultou o diálogo até onde foi possível, com a maior parte das demandas das categorias não sendo atendidas. Postura muito distante da benevolência vista logo no seu primeiro mês de governo, quando reajustou os salários dos subsecretários de aproximadamente R$ 2.800,00 para R$ 9.200,00.

5. Melhoria do sistema de saúde – A saúde em São Gonçalo beira o colapso completo. Consegue estar ainda mais desastrosa do que nos governos anteriores. Faltam médicos, remédios e equipamentos nas unidades de saúde municipais. O sistema de triagem é muito lento, aumentando consideravelmente o tempo de espera para o atendimento. A promessa de postos de saúde 24 horas, bem equipados e com médicos para desafogar as emergências, não passa de uma triste desilusão.

6. Educação pública de qualidade – Para sintetizar o estado crítico da educação municipal: em pouco mais de dois anos de governo Mulim, quatro secretários já ocuparam a pasta da educação. Escolas caindo aos pedaços, profissionais de educação mal remunerados, salas superlotadas, materiais didáticos em falta, merenda de péssima qualidade. Definitivamente, apostar no futuro dos nossos jovens não é uma prioridade dessa gestão.

>>>>>>>>>> Menção Desonrosa <<<<<<<<<<

7. Linha 3 do metrô – A construção da linha 3 do metrô é uma prerrogativa do governo estadual. Mas durante a campanha eleitoral, o atual prefeito considerava a construção da linha 3 como elemento fundamental para a melhoria do transporte público na cidade, afirmando que iria buscar o diálogo, na tentativa de somar forças para finalmente tirar essa obra do papel. O governador Pezão anunciou a substituição da construção da linha 3 do metrô pelo BRT, e o representante máximo da nossa cidade, não deu sequer uma declaração contrária à mais esse ataque aos interesses da população gonçalense.

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Marcio Ornelas, 25 anos, professor de geografia. Militante do coletivo Juntos! e vice-presidente do PSOL São Gonçalo/RJ.


domingo, 29 de março de 2015

PSOL faz panfletagem no calçadão de Alcântara

Ontem (29/03), o PSOL foi às ruas para dialogar com a população sobre a necessidade de se iniciar um amplo movimento pela construção da linha 3 do metrô. A implantação do BRT em detrimento à linha 3, anunciado pelo governador Pezão, representa um ataque frontal aos interesses da população gonçalense. Ainda denunciamos os desmandos do governo Neilton Mulin, que faz da precarização da saúde e da educação, sua prioridade. Alguns registros da atividade:




terça-feira, 10 de março de 2015

Nota pública do PSOL São Gonçalo sobre a linha 3 do metrô

Nesse início de 2015 a população da região leste fluminense foi surpreendida com a declaração do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão sobre o anúncio da prioridade para o projeto BRT em São Gonçalo, ao invés do projeto do Metrô - Linha 3. Em sua campanha para governador em 2014, a sua principal promessa de mobilidade urbana para a região seria a construção da Linha 3 do Metrô. Segundo o governador, a Linha 3 do metrô ligaria a cidade de Niterói até Guaxindiba (São Gonçalo), bairro localizado na divisa com a cidade de Itaboraí, contudo esta não é mais a prioridade do governo estadual.

A linha 3 do metrô não é um projeto novo, há 30 anos esse projeto é veiculado nos meios de comunicação e anunciado por sucessivos governadores que não cumpriram com suas promessas e utilizam da expectativa da população quanto à necessidade deste serviço para se reelegerem. No ano passado, um ano eleitoral, o governo do estadual do Rio de Janeiro e o governo federal propagandearam com veemência o início da construção dessa nova linha. O lançamento das obras estava prevista para o ano de 2013, a partir dos recursos do PAC Mobilidade Urbana, financiado pelo governo federal, entretanto ela já foi adiada por 2 vezes!

Apesar deste projeto ser financiado pelos recursos do PAC, é de responsabilidade de execução do governo do Estado e a prefeitura de São Gonçalo já anuncia nos noticiários que não tem recursos para arcar com a contrapartida de 10% dos investimentos. Segundo Pezão, as obras do corredor de ônibus expressos, seriam mais rápidas e baratas, mas até a presidente Dilma já esteve em São Gonçalo no ano passado, anunciando a liberação das verbas para início das obras do Metrô!

Não é de interesse dos governos federal, estadual e municipal a execução das obras da linha 3 do Metro, pois eles estão do lado das empresas que detém o monopólio dos transportes. Este modelo de BRT só favorece os contratos e concessões superfaturados das empresas de ônibus, ainda por cima as mesmas prestam um serviço de péssima qualidade para a população de São Gonçalo!

A proposta do monotrilho da Linha 3 atenderá cerca de 350 mil passageiros por dia, enquanto o BRT tem a previsão de atender somente 220 mil. Sabemos que este modelo do BRT já tem problemas no Rio de Janeiro como acidentes, capacidade de passageiros e só beneficia os donos das empresas de ônibus que financiam as campanhas de Dilma, Pezão e Mulim, e não querem perder sua fatia no mercado.

Enquanto o projeto do Metrô da Linha 3 ainda está parado o metrô da Linha 4 (Barra-Ipanema) já iniciou as obras! Está claro que os governos só pensam nas Olímpiadas de 2016 e esquecem do povo gonçalense! Os trabalhadores não aguentam mais passar de 2 horas nos ônibus num trajeto que poderia ser feito em 20 minutos de metrô de Alcântara, Guaxindiba, Pacheco, Jardim Catarina e bairros adjacentes até Niterói. Chega de promessas!

O PSOL São Gonçalo é a favor do transporte público de qualidade e defendemos uma alternativa mais viável para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e das trabalhadoras gonçalenses. Nesse sentido, afirmamos que o BRT não é a alternativa para mobilidade urbana de nossa região.

Fazemos um chamado a todos e todas a construírem uma campanha pela Linha 3 do Metrô!

Diretório municipal do PSOL São Gonçalo
São Gonçalo - RJ, 10 de março 2015

terça-feira, 3 de março de 2015

Enrique Morales presente!

No último sábado (28/02) perdemos o grande companheiro Enrique Morales. Enrique foi fundador do PSOL, um importante dirigente do partido e da fundação Lauro Campos. Militante desde os 16 anos de idade, Enrique Morales dedicou toda a sua vida à luta pela transformação da sociedade e pelo socialismo. Passou por diversos estados brasileiros, dedicando-se de forma abnegada à construção do PSOL. Perdemos não só um dos grandes revolucionários do nosso partido, mas uma figura humana incrível. Atualmente vivia em Porto Alegre e trabalhava na coordenação de bancada do PSOL. Enrique tinha três filhos e uma filha,com os quais mantinha uma relação de amor, amizade e companheirismo. Não há melhor forma de honrar sua memória, do que reforçar nosso compromisso de que seguiremos firmes na luta por uma sociedade mais justa. Enrique Morales presente!