quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O outro lado do shopping

         por Jorge Santana


Em grande parte do mundo, a modernidade, a urbanização e o progresso têm como indicativos a construção de grandes centros de consumo, mais conhecidos como shoppings-centers. Isso, principalmente, em cidades que estão passando por um rápido processo de desenvolvimento econômico. Ou seja, a construção de centros comerciais modernos e verticais é um indicativo de que a cidade se desenvolve, cresce e se moderniza; e que, seus habitantes elevam (através do crédito), cada vez mais, o seu poder de compra. Aproveitando-se desse novo conceito de desenvolvimento, o poder público anuncia o surgimento de um novo shopping como um marco evolutivo da cidade. Mas será que esse conceito de modernização atende, efetivamente, uma população tão carente de tudo, como a população gonçalense? Há controvérsias.

Há uma década, a cidade de São Gonçalo tinha apenas um desses empreendimentos, e de bem menor porte: o Rodo Shopping. Porém, de lá para cá, já foram construídos mais dois que, de acordo com alguns especialistas, colaboram para o crescimento econômico da nossa cidade, criando novos postos de trabalho; aumentam a oferta de atividades culturais, com a criação de salas de cinema; e, ainda, estruturam e modernizam a mobilidade urbana e a paisagem, pelo menos em torno dessas novas construções.