sexta-feira, 12 de outubro de 2018

NOTA OFICIAL PSOL/SG




São Gonçalo, 11 de outubro de 2018

NOTA OFICIAL PSOL/SG

A Executiva municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), reunida extraordinariamente, se debruçou sobre a conjuntura política e social desenhada após o primeiro turno das eleições presidenciais do último domingo.
O fortalecimento de setores conservadores articulados no entorno da candidatura de Jair Bolsonaro, refletido no extraordinário desempenho eleitoral, que culminou na ampliação das bancadas federais e estaduais desses setores ao redor do país, representam uma ameaça real às pautas progressistas e as conquistas sociais do nosso povo. A direita representada por Bolsonaro, angariou os votos da população frustrada com os escândalos de corrupção, com a violência e o desalento provocado pela recente crise econômica.
A população rechaçou de uma maneira geral os políticos tradicionais e os corruptos notórios, com o fisiologismo descarado perdendo espaço (evidenciado pela redução da bancada do MDB). Os extremos dessa polarização política acabaram se fortalecendo no processo, com o PSL tendo a maior capilaridade.
Mas urnas também reconheceram a presença do PSOL nas lutas populares contra a crise e na defesa dos direitos: dobramos a bancada federal, ampliamos a bancada estadual e tivemos expressiva votação em São Gonçalo, tanto nas candidaturas majoritárias, quanto nas proporcionais.
O PSOL sempre foi oposição aos governos petistas e assim continuará sendo. Acumulamos no decorrer dos anos profundas diferenças com o petismo e de certa forma a desilusão de parcela significativa da população com o PT, é parte desse sentimento que hoje a extrema-direita capitaliza. Mas o que está em jogo nesse momento não é um balanço dos 13 anos dos governos do PT. E sim a DEMOCRACIA, as liberdades individuais e os direitos trabalhistas da população. Por isso em consonância com a posição nacional do PSOL, a Executiva Municipal do PSOL São Gonçalo delibera o voto e apoio à candidatura de Fernando Haddad e Manuela, com o firme propósito de derrotar a extrema-direita, seu discurso de ódio e suas mentiras.
As saídas para a crise econômica e o desemprego que tanto afligem as famílias gonçalenses não encontram eco no programa privatista, excludente e ultraliberal de Bolsonaro. Direitos históricos dos trabalhadores como férias e 13° salário estão em cheque. Não compactuamos com a encruzilhada proposta por Bolsonaro aos trabalhadores: “de mais empregos e menos direitos ou mais direitos e nenhum emprego”.
Reafirmamos que nosso compromisso com as lutas populares por saúde, educação, trabalho, moradia, segurança, saneamento e pelas causas identitárias para além do dia 28 de outubro. Nossos sonhos não cabem nas urnas!