domingo, 28 de junho de 2020

DIA INTERNACIONAL DO ORGULHO LGBTI


por Eduardo Braga

Há mais de meio século foi o dia que homossexuais e transexuais nos Estados Unidos, cansados das fortes repressões policiais, se uniram contra a Estado, era comum a repressão da polícia ao bar Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village, em Manhattan, em Nova York, esse acontecimento que culminou em uma serie de manifestações ficou mundialmente conhecida como as Rebeliões ou Revoltas de Stonewall.

Foi dos acontecimentos mais importante para luta dos LGBTI, não só de Nova Iorque, mas acabou disseminando para o mundo inteiro, e faz parte da luta pelos direitos da comunidade que compõe lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais.

Vale lembrar que em todos os estados norte americano, um indivíduo cuja sua orientação fosse “desviante”, o que foge do padrão aceitável da sociedade era crime, ao qual a punição poderia ser longa pena de regime fechado, trabalhos forçados e até pena de morte. Estamos falando de um sistema judiciário e o aparelho policial legitimador de homotransfobia e contra todos sistemas de opressões devemos nos levantar e não se calar e lutar para que haja justiça ao qual não padronize sexualidades.

Mas porque o dia do ORGULHO?

Esse dia 28 de junho ficou marcado como um dia de luta por direitos, de ser, viver, amar quem você quiser, imagine sua orientação sexual e identidade de gênero, virar fruto para penalidades e até mesmo a morte. No Brasil não tivemos leis que penalize nesse sentido as sexualidades que não se comportam dentro do “padrão” heterossexual, se certa forma não temos esse arcabouço jurídico condenatório, de outra forma, sempre existiu outros meios de penalizar o indivíduo, através do discurso religioso fundamentalista, que nos colocam como “abominações”, pessoas que irão para o inferno, ou tenta de todas as formas engendrar um padrão sexual ao qual não nos reconhecemos, lembrando que a sexualidade é diversa, humana é pra ser expressa e vivida.

Passamos também pelo discurso médico moralistas que visavam normatizar, controlar e estabelecer verdades a respeito dos corpos e seus prazeres, foi nesse sentido de patologizar, fomos inseridos no Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948, e somente foi revisto em 1990 com retirada da homossexualidade, 2019 a retirada da transexualidade, se passaram vinte e nove anos para termos os direitos de não ser considerados como “anormais”, os impactos dessas formas de negação do outro, são realmente fazem pessoas adoecerem, são produtoras de desigualdades.

Hoje mediante a Pandemia do novo corona vírus, estamos ausentes das ruas, para expressar que temos Orgulho de ser quem nós somos, estamos ocupando as redes sociais com as paradas digitais, é importante ressaltar que os direitos garantidos foram frutos de muitas batalhas, travadas durante décadas no Brasil, e afirmo o movimento é de luta para garantir direitos que sempre foram historicamente negados, devemos todos, todas, todes, esta unidos contra essas formas de negação, que perpassa nas questões de raça, gênero, classe. Atualmente estamos vendo as ocupações dos LGBTI+, nos espaços políticos partidários, esse é o passo para construção de uma sociedade mais igualitária, onde antes aqueles excluídos passam ser protagonistas das suas próprias vidas, queremos uma política emancipadoras dos indivíduos, que possamos ser ator@s na construção e implementação de políticas públicas, onde dessas políticas ninguém venha ser excluídos dos bancos escolares, dos atendimentos de saúde, do convívio social. A luta contra os estigmas e todas as formas de preconceitos devem ser inseridas dentro da nossa atuação política socialista, de fato e verdade, isso independente da orientação sexual, a construção de uma sociedade igualitário devem ser objetivos de tod@s.

Nesse sentido vamos trabalhando para modificação das realidades, compreendendo todo esse processo de exclusão histórico, interiorizado na nossa sociedade, mediante a todas as formas de violências sofridas, verbais, morais, físicas e os estigmas, preconceito que nossa comunidade LGBTI+ é acometida, devemos enfatizar que devemos ter orgulho mediante a todas as essas negações, de ser quem nós somos, devemos pegar todas falas pejorativas, diminuidoras dos indivíduos, reprojetar e reafirmar que saímos do estado de vergonha, dá inercia para um estado de

ORGULHO!

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Eduardo Braga é enfermeiro, membro da executiva municipal e do setorial LGBTI do PSOL São Gonçalo.  Militante LGBTI e do SUS.                                                                       
   

sábado, 27 de junho de 2020

Curso de Formação anima a militância psolista neste sábado

Foto de parte da militância
que participou da atividade
Dando sequência ao conjunto de atividades de formação politica e orientação eleitoral, o PSOL da nossa cidade, realizou a segunda etapa do Curso de Formação cujo o tema era "A cidade e a desigualdade: o caso de São Gonçalo." com o Prof. Bruno Oliveira, docente de Serviço Social da UNIRIO. A atividade, realizada de forma online, contou 38 pessoas.

Começando as 9h30, o evento contou com a explanação inicial que abordou aspectos históricos, geográficos e culturais da cidade. Avaliou-se economicamente a cidade e seus pressupostos econômicos. Uma radiografia importante para construir um programa coletivo e antenado com as necessidades concretas da maioria da população.

Foi um rico espaço de reflexão, animo da militância e empolgação da militância. No próximo sábado, teremos uma nova atividade, envolvendo comunicação e redes sociais. Para participar é importante seguir alguns passos, eis eles:
1 - Deverá salvar este número que é o zap do partido no próprio celular (21)97984-4984 e mandar uma mensagem se identificando.

2 - A reunião será realizada pelo aplicativo Jitsi Meet. O militante deverá baixar o aplicativo para o seu celular para poder participar da reunião.
3 - O link para a sala em que ocorrerá a reunião será mandado pelo zap de cada candidato que seguiu a primeiro instrução desse guia, 30 minutos antes da reunião começar.
A reunião é direcionada aos pré-candidatos, mas é aberta a toda militância e simpatizantes .

terça-feira, 23 de junho de 2020

Marcio Ornelas comenta a irresponsabilidade do prefeito Nanci ao ser flagrado sem máscara num bar na Praia das Pedrinhas

Indignação, revolta e um absoluto descompromisso com São Gonçalo e com sua população.

O presidente do PSOL São Gonçalo, Marcio Ornelas, comenta a desastrosa condução de José Luiz Nanci diante da pandemia de covid-19 e a atitude irresponsável do prefeito ao ser flagrado sem máscara num bar na Praia das Pedrinhas.


sexta-feira, 19 de junho de 2020

Dia 27 teremos o segundo módulo de formação do PSOL São Gonçalo.

No sábado (27/06) estaremos dando início ao segundo módulo de formação do PSOL São Gonçalo. Essas são atividades abertas para toda a militância, mas voltadas sobretudo para aqueles que querem concorrer ao cargo de vereador pelo PSOL nas eleições de 2020.

Para participar da atividade é necessário seguir as instruções abaixo:

1 - O pré-candidato deverá salvar este número que é o zap do partido no próprio celular (21)97984-4984 e mandar uma mensagem se identificando.

2 - A reunião será realizada pelo aplicativo Jitsi Meet. O pré-candidato deverá baixar o aplicativo para o seu celular para poder participar da reunião.

3 - O link para a sala em que ocorrerá a reunião será mandado pelo zap de cada candidato que seguiu a primeiro instrução desse guia, 30 minutos antes da reunião começar.


segunda-feira, 15 de junho de 2020

BRASIL: 7 PITACOS MEUS E 1 DE MARX

Por Wendell Setubal

1. Ocupar as ruas: Gaviões da Fiel, MTST, Grupos Antirracistas, jovens e militantes de alguns partidos de esquerda saíram às ruas em São Paulo com um recado claro: BASTA!
2. Em 2013, a repressão da polícia paulista e os gastos na construção de estádios para a Copa do Mundo serviram de combustível para a indignação popular; agora, 2020, a pandemia escancara as desigualdades sociais, o sucateamento da saúde pública, as UTIs cheias, pessoas morrendo nos corredores de hospitais por falta de aparelhagem médica adequada. Para completar a barbárie, incursões da PM em comunidades, matando jovens negros, e um presidente que debocha, que ironiza a tragédia ou culpa os governadores e prefeitos, enquanto entope o Ministério da Saúde de militares, que desconhecem epidemia e até geografia.
3. A classe média pode manter o isolamento social e assistir a uma overdose de lives ou aprender a fazer pão, meditação etc.
4. Quem vive na informalidade (40% dos trabalhadores brasileiros) mora em casas pequenas, com muita gente, sem saneamento e às vezes água. Se não há isolamento em casa, muito menos dinheiro, tem que ir pra rua. A epopeia para receber os 600 reais evidenciou um senso comum: tudo que vem do governo é difícil, quando vem; crédito para a pequena empresa começa a chegar só agora. As filas quilométricas nas agências da Caixa trouxeram o auxílio emergencial do governo para o vírus e sua propagação.
5. O racismo da polícia mata jovens negros; nos bairros populares e comunidades, o vírus mata negros e pardos pobres, e idosos.
6. A maioria da burguesia só mantém o apoio a Bolsonaro porque confia que Paulo Guedes vai retirar encargos sociais, aumentando seus lucros. Tendo de optar ou por direitos ou por emprego, os 15 milhões de desempregados vão optar pela servidão, quer dizer, pelo emprego.
7. Ocupar as ruas não é só fazer manifestações. Cabe às forças populares ir para a porta das empresas, ir aos bairros da periferia e combinar as lutas localizadas com as questões mais gerais: emprego, transporte, saneamento, saúde pública, educação e segurança. Basta de Bolsonaro.
8. “Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é TRANSFORMÁ-LO.” (Karl Marx, Teses sobre Feuerbach, Edições Progresso, Lisboa, 1982)

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Wendell Setubal é revisor de textos e militante do PSOL São Gonçalo.


sábado, 6 de junho de 2020

O racismo é internacional e luta contra ele também: uma nota sobre a Rebelião Negra nos Estados Unidos

Por Prof. Josemar Carvalho

Os debates internacionais nunca estiveram tão presentes no cotidiano popular. A crise sanitária do COVID-19 soma-se agora as cenas marcantes do George Floyd sendo torturado até morte por um policial norte americano.
Um fato aparentemente comum num país racista como é os Estados Unidos, ganhou repercussão e provocou uma onda de protestos. O estrangulamento por 9 minutos, sendo filmado por vários, chocou o mundo. Floyd ecoou ali um “grito por vida” que virou um “grito de guerra” na luta contra o genocídio do povo negro: “não consigo respirar”. O movimento Black Lives Matter (tradução: Vidas negras importam) foram os principais organizadores de uma onda de protesto que espalharam pelo mundo.
O governo da extrema direita de Donald Trump fez seu papel de lacaio do racismo e veem reprimindo duramente as manifestações. Numa delas, a polícia agrediu e prendeu um jornalista negro da emissora de TV CNN, enquanto com seu com colega jornalista branco nada acontecia. É a face do racismo estrutural que ocupa as instituições e os aparatos repressivos.
Mas o nosso povo negro que significa 13% da população dos EUA não se intimidou. O perfil autoritário o Chefe do Estado da principal potência do planeta, Donald Trump não impediu que ele tivesse que se proteger no Bunker subterrâneo da Casa Branca contra as mobilizações. Um fato inédito na história norte americana.

As declarações racistas, o Estado de Sítio (decretado por vários Estados e cidades), a repressão policial, o quadro de 40 milhões de desempregados, as mais de 100 mil mortes por COVID-19 (que tem sido mais letal nos negros), fazem efervescer o caldo social que alimentam as manifestações. É resposta dxs negrxs a Trump e seu descaso com o nosso povo.
É preciso derrotar o governo Trump e todos aqueles que o seguem, como é o caso do Bolsonarismo no Brasil. O caminho está pautando pelas mobilizações antirracistas que se espalharam pelo mundo. Respeitaremos os ditames da ciência para nos organizar e nos proteger do COVID-19, mas não deixaremos que o pensamento racista e fascista que visa o nosso extermínio, siga existindo e relativizando as nossas mortes.
O racismo é internacional e luta contra ele também. Seja aqui em São Gonçalo, na denuncia contra o bárbaro assassinato do jovem João Pedro. Seja na França, na violência policial que matou Adama Traoré ou no caso de George Floyd, seguiremos resistindo, nos indignando e denunciando. Vidas Negras Importam em todo o canto do planeta!!!


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Texto Publicado originalmente no Site do PSOL Nacional: Link original da publicação no site do PSOL Nacional em 04 de junho

O Texto foi publicado na Revista Movimento, da qual o autor é colunista permanente: Link na Revista Movimento

Josemar Carvalho, 44 anos, é professor de geografia, membro do Diretório Nacional e Estadual do PSOL e Coordenador da Rede Emancipa de Educação Popular


quarta-feira, 3 de junho de 2020

PSOL São Gonçalo realizará primeira atividade de formação política para os pré-candidatos ao cargo de vereador


No próximo sábado (06/05) estaremos dando início a uma série de atividades de formação, voltadas sobretudo para os nossos pré-candidatos ao cargo de vereador em São Gonçalo.
A primeira atividade vai contar com a presença do vereador de Niterói Paulo Eduardo Gomes.
Instruções para participar da atividade:
1 - O pré-candidato deverá salvar este número que é o zap do partido no próprio celular (21)97984-4984 e mandar uma mensagem se identificando.
2 - A reunião será realizada pelo aplicativo Jitsi Meet. O pré-candidato deverá baixar o aplicativo para o seu celular para poder participar da reunião.
3 - O link para a sala em que ocorrerá a reunião será mandado pelo zap de cada candidato que seguiu a primeiro instrução desse guia, 30 minutos antes da reunião começar.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Plenária do PSOL São Gonçalo reafirma aliança com PCdoB e busca por ampliação da unidade de esquerda


No último domingo (31/05) foi realizada através de videoconferência, a plenária municipal do PSOL São Gonçalo. Esse organismo mais amplo do partido na cidade, referendou através de amplo debate com a base militante do partido, as posições da Executiva Municipal sobre a conjuntura nacional e a necessidade da tática eleitoral se refletir na busca de uma aliança com os partidos de esquerda, para o enfrentamento da extrema direita e do fascismo, que se apresenta na nossa sociedade com cada vez menos pudores.

Assim a plenária municipal do PSOL São Gonçalo deliberou:

- Aprovação da aliança eleitoral com o PCdoB e a atuação da Executiva Municipal nas conversas para ampliação dessa frente com outros partidos de esquerda. A aliança será formalizada em convenção municipal com data ainda a ser marcada pela Executiva Municipal.

- De que o nome mais representativo do PSOL para oferecer na construção dessa aliança é o do Prof. Josemar. Mas que o PSOL não colocará como impeditivo ter a cabeça de chapa para a construção dessa unidade, posição essa que já foi reafirmada em documentos anteriores.

- Aprovação do início das discussões programáticas entre os dois partidos para a formulação de um programa radical para São Gonçalo que tenha como norte a melhoria da qualidade de vida do nosso povo e o enfrentamento a extrema direita.

- Um calendário composto por 3 atividades de formação, voltadas para os pré-candidatos a vereadores do PSOL São Gonçalo, a serem realizadas no mês de junho. Sendo a primeira dessas atividades já no próximo sábado (06/06). Os outros dois módulos serão marcados pela Executiva Municipal.

- Uma nota política que reflita não só essas deliberações que estão sento apresentadas nesse informe, assim como toda a profundidade da discussão política que se expressou na plenária do último domingo.