As Jornadas de Junho
foi um grandioso movimento de massas que ocorreu no Brasil inteiro em 2013.
Elas mobilizaram milhões de pessoas e colocaram nas cordas o conforto da elite
política que governa o país. Um movimento essencialmente urbano, que começa com
o desgaste gerado pelo aumento tarifário dos transportes públicos, mas que se
desdobra no questionamento aos péssimos serviços de educação e saúde públicas,
assim como no aumento do custo e da insalubridade da vida nas grandes cidades.
Ainda que sejam uma expressão do voluntarismo da insatisfação e da revolta
acumulada, as jornadas de junho resgataram o debate sobre o direito à cidade,
tal como evidenciaram as consequências mais nocivas da produção capitalista do
espaço.
Nesse ponto é
necessário fazer uma distinção importante. O direito à cidade não é
simplesmente a luta pelo acesso aos equipamentos urbanos, advindos dessa
produção capitalista do espaço. Na concepção lefebvreviana (e também marxista),
o direito à cidade é o direito à produção do espaço. É pensar a cidade
coletivamente e inverter essa lógica onde poucos decidem os rumos do urbano, é
a inclusão dos excluídos em todas as etapas. Portanto, é muito significativo
para a conjuntura que tenhamos milhões de pessoas tomando as ruas, exigindo
maior participação na política e também denunciando as mazelas da vida urbana.
Ainda que toda essa onda de indignação não tenha se desdobrado numa alternativa
política que se proponha a disputar o poder e efetivar as mudanças cobradas,
devemos encarar as jornadas de junho como o início promissor de um processo que
já culmina na elevação do nível de consciência da população.
Bancada do PSOL faz protesto.
No cartaz, a seguinte frase:
"A violência contra mulher
não pode ter voz no parlamento"
Nesta segunda dia 15 de dezembro, no plenário da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) ocorreu a diplomação do Governador
reeleito Luiz Fernando Pezão do seu vice Francisco Dornelles; do Senador
Romário e de seus suplentes; dos deputados federais e estaduais e dos seus
respectivos 1 e 2º suplentes.
Nosso partido elegeu 03 parlamentares para a Câmara Federal
(Chico Alencar, Jean Willys e o Cabo Daciolo) e 05 representantes para ALERJ
(Marcelo Freixo, Paulo Ramos, Flavio Serafini, Eliomar Coelho e Dr. Jullianeli).
Como suplentes foram diplomados Renato Cinco e Paulo
Eduardo para a casa legislativa de Brasilia; e Prof. Josemar e Dinho da
Farmácia para o Palácio Tiradentes.
Protesto
do PSOL contra Bolsonaro
A bancada do PSOL realizou um protesto silencioso (com
cartazes) no momento de diplomação de Deputado Jair Bolsonaro.
Tal atitude está relacionada as declarações machistas que
foram feitas pelo Deputado na semana passada contra a deputada do PT gaúcho Maria
do Rosário.
Não aceitamos o machismo e nem banalizamos o estupro.
Para nós, o estuprador é um criminoso e quem faz apologia a esta forma de
violência também é. Saudamos a iniciativa da bancada eleita de realizar o
protesto e seguiremos na luta pela cassação do mandato do Deputado Federal Jair
Bolsonaro.
Presidente
do PSOL São Gonçalo é diplomado primeiro suplente de deputado estadual
Prof. Josemar recebe o seu diploma
Entre os parlamentares diplomados, estava o presidente do
partido na cidade, o professor Josemar Carvalho, que será o primeiro suplente
da nossa bancada a deputado estadual.
Estamos felizes pela diplomação do companheiro. Sabemos
que o mesmo está preparado para assumir o mandato, caso seja necessário. Sua
história como fundador do PSOL, militante de movimentos sociais e de liderança
politica nos garante isso.
Não é apenas uma vitória pessoal do Prof. Josemar. Mas
uma conquista de todos aqueles que acreditam que nosso país, nosso Estado, e
nossa cidade (em particular), precisam de uma nova forma de fazer politica:
onde os movimentos sociais tenham vez e voz, com democracia, ampliação de
direitos sociais e participação dos trabalhadores.
Ontem dia 09 de dezembro, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) aprontou mais uma.
Todos lembram do seu histórico de defesa da ditadura militar e da tortura existente no período. Agora Jair Bolsonaro reafirmou, na tribuna da Câmara dos Deputados a sua postura machista ao se dirigir agressivamente a parlamentar gaúcha Maria do Rosário (PT-RS).
Estamos divulgando a nota do PSOL Nacional assinada pelo nosso presidente Luiz Araújo onde exigimos a cassação do deputado. Divulgamos também dois vídeos, onde em momentos distintos Jair Bolsonaro reafirma a sua postura machista, se dirigindo a mesma deputada.
Repudiamos veementemente tal posição, o estupro não é como algo banal. Exigimos respeito a todas as mulheres independente de raça, de credo religioso ou posição politica.
Entendemos que figuras como Jair Bolsonaro não merecem estar no parlamento brasileiro. Incitam a ódio e a violência. Defende a tortura, o racismo, o machismo, a homofobia e a xenofobia.
Por isso, fora Bolsonaro! Cassação Já!!!
Prof. Josemar Carvalho
Presidente do Diretório Municipal PSOL - São Gonçalo - RJ
Nota de Repúdio a Jair Bolsonaro: Cassação já!
O Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP/RJ), conhecido por suas posições
racistas, machistas, homofóbicas e em defesa da Ditadura Militar, protagonizou
no dia de ontem mais uma agressão às mulheres, ao parlamento e à democracia
brasileira.
Referindo-se à ex-Ministra dos Direitos Humanos, Deputada Federal
Maria do Rosário (PT/RS), Bolsonaro afirmou que não a estupraria porque ela
"não mereceria". A frase absurda revela os valores do deputado
carioca e se soma a dezenas de outros impropérios verbalizados noutras
oportunidades contra negros, gays, lésbicas, pessoas que cumprem sentença
judicial, mulheres, militantes torturados pela Ditadura Militar e pobres em
geral.
O PSOL recorreu ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados mais de uma
vez contra Bolsonaro, mas o corporativismo dos deputados conservadores que
compõem aquele órgão impediu que ele fosse punido.
Ainda assim, não
descansaremos até que este representante do atraso seja punido. Recorreremos
novamente a todos os recursos cabíveis, dentro e fora da Câmara dos Deputados,
para ver o mandato de Bolsonaro cassado. Sua presença na Câmara dos Deputados
desonra a democracia e o parlamento brasileiro.
Luiz Araújo
Presidente Nacional do PSOL
Vídeo do dia 09 de Dezembro de 2014, onde Jair Bolsonaro reafirma que não estupraria Maria do Rosário
Vídeo de 2008, onde Jair Bolsonaro ameaça fisicamente a Deputada Maria do Rosário e afirma que estupraria
Ao sair para o trabalho, D. ainda tinha as marcas no
pescoço da agressão sofrida na noite anterior, quando o policial e
ex-companheiro F. tentou estrangulá-la, em São Gonçalo. Tudo começou por causa
das brigas e gritarias dos dois filhos de D. – o mais novo, de 5 anos, é filho
dele. F. irritou-se, ameaçou quebrar coisas e D. tentou proteger a TV. Na
frente das crianças, ele apertou seu pescoço, mas ela reagiu e se soltou. Então
F. quebrou a TV lançando o aparelho no chão.
Esse é o relato recente de uma diarista que, como
tantas outras mulheres, é uma vítima da violência, na maioria das vezes feita
pelo próprio companheiro. Muitos casos terminam em mortes, pelo simples fato de
serem mulheres, ou seja, uma violência de gênero. O tema já é pauta de
discussão no Congresso Nacional, através do projeto de lei do Senado 292/2013,
que propõe alterações no Código Penal para inserir o feminicídio como circunstância
qualificadora do crime de homicídio.