São Gonçalo, 11 de outubro de 2018
NOTA OFICIAL PSOL/SG
A Executiva
municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), reunida extraordinariamente,
se debruçou sobre a conjuntura política e social desenhada após o primeiro
turno das eleições presidenciais do último domingo.
O fortalecimento de
setores conservadores articulados no entorno da candidatura de Jair Bolsonaro,
refletido no extraordinário desempenho eleitoral, que culminou na ampliação das
bancadas federais e estaduais desses setores ao redor do país, representam uma
ameaça real às pautas progressistas e as conquistas sociais do nosso povo. A
direita representada por Bolsonaro, angariou os votos da população frustrada
com os escândalos de corrupção, com a violência e o desalento provocado pela recente
crise econômica.
A população
rechaçou de uma maneira geral os políticos tradicionais e os corruptos
notórios, com o fisiologismo descarado perdendo espaço (evidenciado pela
redução da bancada do MDB). Os extremos dessa polarização política acabaram se
fortalecendo no processo, com o PSL tendo a maior capilaridade.
Mas urnas também
reconheceram a presença do PSOL nas lutas populares contra a crise e na defesa
dos direitos: dobramos a bancada federal, ampliamos a bancada estadual e
tivemos expressiva votação em São Gonçalo, tanto nas candidaturas majoritárias,
quanto nas proporcionais.
O PSOL sempre foi
oposição aos governos petistas e assim continuará sendo. Acumulamos no decorrer
dos anos profundas diferenças com o petismo e de certa forma a desilusão de
parcela significativa da população com o PT, é parte desse sentimento que hoje
a extrema-direita capitaliza. Mas o que está em jogo nesse momento não é um
balanço dos 13 anos dos governos do PT. E sim a DEMOCRACIA, as liberdades
individuais e os direitos trabalhistas da população. Por isso em consonância
com a posição nacional do PSOL, a Executiva Municipal do PSOL São Gonçalo
delibera o voto e apoio à candidatura de Fernando Haddad e Manuela, com o firme
propósito de derrotar a extrema-direita, seu discurso de ódio e suas mentiras.
As saídas para a
crise econômica e o desemprego que tanto afligem as famílias gonçalenses não
encontram eco no programa privatista, excludente e ultraliberal de Bolsonaro.
Direitos históricos dos trabalhadores como férias e 13° salário estão em
cheque. Não compactuamos com a encruzilhada proposta por Bolsonaro aos
trabalhadores: “de mais empregos e
menos direitos ou mais direitos e nenhum emprego”.
Reafirmamos que
nosso compromisso com as lutas populares por saúde, educação, trabalho,
moradia, segurança, saneamento e pelas causas identitárias para além do dia 28
de outubro. Nossos sonhos não cabem nas urnas!