O PSOL protocolou na tarde desta quarta-feira
(29/03), no Supremo Tribunal Federal (STF), o Mandado de Segurança nº 14.848/2017
para que seja considerada ilegal a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), de anular o parecer da Comissão de Trabalho, Administração e
Serviço Público (CTASP) sobre o Projeto de Lei nº 4302/2016, que permite a
terceirização ampla e irrestrita, estendendo a prática para a área-fim de uma
empresa privada e também no serviço público. A proposta foi aprovada no último
dia 22, após ficar paralisada cerca de 15 anos na Casa, uma vez que em 2000 foi
aprovada pelo Senado e em 2002 retornou para a Câmara para que nos deputados
analisassem as alterações feitas naquela Casa. Desde então, a matéria,
apresentada ainda pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1998, não
“andava”.
Assinado pela bancada do PSOL – deputados Glauber Braga (RJ), Chico Alencar (RJ), Edmilson Rodrigues (PA), Ivan Valente (SP), Jean Wyllys (RJ) e a
deputada Luiza
Erundina (SP) – e pelo deputado José Guimarães
(PT/CE), o mandado tem pedido de urgência para impedir a tramitação do
PL4302/1998 e, consequentemente, inviabilizar a sanção presidencial, até que o
vício no processo legislativo seja corrigido.
Para os deputados, Rodrigo Maia agiu
arbitrariamente, em decisão monocrática, ao anular o parecer já aprovado pela
Comissão de Trabalho para obter o resultado que o governo desejava.
Em pronunciamento no plenário,
na última terça-feira (28), o líder Glauber Braga criticou a atuação de Maia,
atendendo às orientações do governo de Michel Temer, para quem a prioridade é
aprofundar o seu ajuste fiscal e aprovar projetos que ameaçam direitos da
classe trabalhadora. O deputado destacou, ainda, a atuação da população, em
todo o país, diante dessas ataques. “Existiu uma decisão da Ctasp (Comissão de
Trabalho e Administração Pública), que não foi respeitada na votação em
plenário. A reação no Brasil é fortíssima. Eu tenho certeza que os
parlamentares que votaram a favor dessa terceirização total e irrestrita foram
cobrados nos seus estados de origem por terem votado contra os trabalhadores”,
explicou.
Texto: Sitio eletrônico do PSOL Nacional
Texto: Sitio eletrônico do PSOL Nacional
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