quinta-feira, 5 de setembro de 2019

A LUTA ANTICAPITALISTA É IMCOMPATÍVEL COM AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS? ACHO QUE NÃO

Vivemos uma conjuntura de derrota estratégica de toda a esquerda. O golpe parlamentar de 2016, a prisão do Lula e a vitória da extrema direita com o Bolsonaro  representa  o tripé da vitória do grande capital contra a classe trabalhadora. Desde a posse do Michel Temer a agenda neoliberal com as terceirizações, a reforma trabalhista e a retomada do processo de privatizações. A vitória de Jair Bolsonaro da a legitimidade a direita para dar sequencia a retirada dos DIREITOS da classe trabalhadora, para a retomada da reforma da previdência, e para as privatizações como a da BR distribuidora.

Neste contexto da ofensiva neoliberal como se encontra a classe trabalhadora? O desemprego entrou na casa dos 14 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Apenas 10% do PIB nacional está na indústria, e aproximadamente 1/3 dos trabalhadores e trabalhadoras estão trabalhando em aplicativos,como uber, 99,ifood.Estão precarizados, mas equivocadamente alguns se acham em condições de pequenos-empresários por trabalharem por conta própria, não se reconhecem enquanto classe trabalhadora.  Vivemos um radical processo de desindustrialização e de crescimento do setor de serviços, que desorganiza parte significativa da classe.

Neste contexto, onde está a juventude?   Crescendo no meio evangélico. Poucos se organizam em movimentos como o  estudantil.

Nossos inimigos, os inimigos da classe trabalhadora são impossíveis de serem derrotados? Claro que não. Mas vai depender muito do nosso esforço militante e dirigente. Organizar,formar e mobilizar é tarefa antiga, mas se atualiza. Precisamos organizar os desempregados e os trabalhadores e trabalhadoras precarizados e sem DIREITOS. Precisamos atuar na realidade CONCRETA da nossa classe, da nossa juventude.
Se avizinham as eleições municipais de 2020 que acumulará forças para as eleições nacionais de 2022.

A responsabilidade da esquerda política e social da cidade de São Gonçalo é imensa. A responsabilidade do PSOL é fundamental. O nome do camarada Prof Josemar como pré-candidato  a prefeito, cumpre uma tarefa inicial de dialogar com as demais forças sociais e políticas da cidade do campo popular e democrático.

Do ponto de vista do PROGRAMA este necessário dialogo deverá ter como norte, um PROGRAMA radicalmente democrático, tendo o SOCIALISMO COMO ESTRATÉGIA que aponte para a devida aproximação da população com as decisões de governo através do ORÇAMENTO PARTICIPATIVO, ELEIÇÕES DIRETAS PARA GESTOR ESCOLAR E DE UNIDADES DE SAÚDE E DOS CONSELHOS POPULARES entre outras propostas que deverão ser debatidas com os partidos aliados e a sociedade.

Dialogando, sem abrir mão dos nossos princípios de luta por uma sociedade fraterna e socialista é que devemos disputar  corações e mentes, conquistar  a hegemonia da sociedade gonçalense e com eles governarmos a cidade. 

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Marcelo Saraiva, 52 anos, é professor de história da rede pública estadual, filiado ao PSOL. Militante dos movimentos sociais, presidiu a associação de moradores de Neves entre 1997 e 1999, tendo sido diretor da UNIBAIRROS.

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