Vivemos uma conjuntura de
derrota estratégica de toda a esquerda. O golpe parlamentar de 2016, a prisão
do Lula e a vitória da extrema direita com o Bolsonaro representa
o tripé da vitória do grande capital contra a classe trabalhadora. Desde
a posse do Michel Temer a agenda neoliberal com as terceirizações, a reforma
trabalhista e a retomada do processo de privatizações. A vitória de Jair
Bolsonaro da a legitimidade a direita para dar sequencia a retirada dos
DIREITOS da classe trabalhadora, para a retomada da reforma da previdência, e
para as privatizações como a da BR distribuidora.
Neste contexto da ofensiva
neoliberal como se encontra a classe trabalhadora? O desemprego entrou na casa
dos 14 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Apenas 10% do PIB nacional
está na indústria, e aproximadamente 1/3 dos trabalhadores e trabalhadoras
estão trabalhando em aplicativos,como uber, 99,ifood.Estão precarizados, mas
equivocadamente alguns se acham em condições de pequenos-empresários por
trabalharem por conta própria, não se reconhecem enquanto classe
trabalhadora. Vivemos um radical
processo de desindustrialização e de crescimento do setor de serviços, que
desorganiza parte significativa da classe.
Neste contexto, onde está a
juventude? Crescendo no meio
evangélico. Poucos se organizam em movimentos como o estudantil.
Nossos inimigos, os inimigos
da classe trabalhadora são impossíveis de serem derrotados? Claro que não. Mas
vai depender muito do nosso esforço militante e dirigente. Organizar,formar e
mobilizar é tarefa antiga, mas se atualiza. Precisamos organizar os
desempregados e os trabalhadores e trabalhadoras precarizados e sem DIREITOS.
Precisamos atuar na realidade CONCRETA da nossa classe, da nossa juventude.
Se avizinham as eleições
municipais de 2020 que acumulará forças para as eleições nacionais de 2022.
A responsabilidade da
esquerda política e social da cidade de São Gonçalo é imensa. A
responsabilidade do PSOL é fundamental. O nome do camarada Prof Josemar como pré-candidato
a prefeito, cumpre uma tarefa inicial de
dialogar com as demais forças sociais e políticas da cidade do campo popular e
democrático.
Do ponto de vista do
PROGRAMA este necessário dialogo deverá ter como norte, um PROGRAMA
radicalmente democrático, tendo o SOCIALISMO COMO ESTRATÉGIA que aponte para a
devida aproximação da população com as decisões de governo através do ORÇAMENTO
PARTICIPATIVO, ELEIÇÕES DIRETAS PARA GESTOR ESCOLAR E DE UNIDADES DE SAÚDE E
DOS CONSELHOS POPULARES entre outras propostas que deverão ser debatidas com os
partidos aliados e a sociedade.
Dialogando, sem abrir
mão dos nossos princípios de luta por uma sociedade fraterna e socialista é que
devemos disputar corações e mentes,
conquistar a hegemonia da sociedade
gonçalense e com eles governarmos a cidade.
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Marcelo
Saraiva, 52 anos, é professor de história da rede pública estadual, filiado ao
PSOL. Militante dos movimentos sociais, presidiu a associação de moradores de
Neves entre 1997 e 1999, tendo sido diretor da UNIBAIRROS.
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