por Wendell Setubal
Vice-presidente do PSOL São Gonçalo
Vice-presidente do PSOL São Gonçalo
Neonazistas são presos em Niterói |
Se antes de
conhecer alguém, eu não gosto dele por causa da cor, do local onde nasceu, da
opção sexual, da religião, eu tenho um conceito prévio sobre essa pessoa, sem
conhecê-la. Conceito antecipado é pré-conceito, ou preconceito.
Um morador de
São Gonçalo, natural do Rio Grande do Norte, passando o fim de semana por
Niterói, foi agredido por um jovem neonazista, que o chamou de “nordestino”. A
Guarda Municipal foi atrás e num carro estavam outros cúmplices que foram
presos. Na casa de um deles, foram encontradas bandeiras, livros e propaganda
neonazista.
No primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo de 2010, um garoto de 14 anos foi a um churrasco em São Gonçalo. Depois, ao voltar para casa, três que discutiram com ele no churrasco o assassinaram porque “era gay”.
Alexandre Ivo,
assassinado, e Cirley Santos, o nordestino, têm em comum terem sido atacados
pelo preconceito. Os assassinos de Alexandre Ivo aparentemente não são
“ideológicos” como os neonazistas de Niterói.
Mas só aparentemente, porque sua visão de mundo, sua ideologia, é tão
fascista quanto a dos que atacaram Cirley.
É fascista a
cruzada que se vê em defesa do ridículo pastor que preside a Comissão de
Direitos Humanos do Congresso. Os assassinos de Alexandre Ivo, os agressores de
Cirley, os evangélicos manipulados que vão ao Congresso com cartazes de apoio a
Feliciano são a base social para combater quem quer exercer sua liberdade de
viver em uma sociedade democrática. Como o prefeito eleito em São Gonçalo, e
sua antecessora, é servil do fundamentalismo religioso, não haja ilusões. Sem
lutar e denunciar politicamente estes atos de barbárie, estaremos assistindo ao
eclodir do ovo da serpente do fascismo intolerante, com a omissão do petismo e
da grande burguesia, ocupados com “grandes negócios”!
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