Por Prof. Josemar Carvalho*
Os jogadores de futebol Taison e Dentinho foram vítimas de ofensas racistas e demonstraram revolta dentro de campo. Em Minas Gerais, aqui no Brasil, racistas ofendem segurança negro.
Esses dois episódios revelam a dupla face do racismo. Uma face desumanidade e outra estruturalidade.
A primeira se expressa na agressão verbal. Que por si só já é reprovável. E já deveria ser motivo de repulsa generalizada por tamanha desumanidade. Tanto aqui no Brasil, quanto na Europa.
Segundo aspecto é que, a estrutura social, e de futebol também, não garante reparação e punição imediata. Simples de entender, jogo seguiu e jogador vítima do racismo foi expulso. Uma contradição que só é explicada por argumentos que minimizam o racismo.
Esta é expressão do racismo estrutural que oprime o povo negro todos os dias. É "bala perdida" que quando encontra o corpo negro, é justificada pela naturalização do extermínio. É discurso da meritocracia que ignora a nossas condições sociais.
Não devemos ter nenhuma tolerância com racismo. Medidas duras devem ser tomadas. O jogo na Ucrânia deveria ter sido interrompido. O torcedor racista no Brasil deveria ser preso.
É preciso lutar contra o racismo todos os dias. Contra as suas consequências nefastas, desumanas, opressoras e exploratórias.
Postagem do jogador Taison sobre o fato ocorrido |
* Josemar Carvalho, 44 anos, professor universitário e da rede pública de ensino. Coordenador e Educador Popular da Rede Emancipa. Pré-candidato a Prefeitura de São Gonçalo pelo PSOL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário