segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Movimentos Sociais lançam o Fórum de Desenvolvimento Sustentável e Resistência Democrática de São Gonçalo

Mesa do Evento: Dra. Andrea, Isaac Ricalde,
Wanderley, Prof. Josemar e Dra. Sônia Jardim
Neste sábado 40 movimentos sociais, coletivos e entidades de São Gonçalo, se unificaram para construir um importante espaço de discussão, de formulação, intervenção e ação para atuação na nossa cidade: Fórum de Desenvolvimento Sustentável e Resistência Democrática de São Gonçalo (FDSRD-SG).

O lançamento aconteceu no Centro da cidade e contou com a presença de 100 ativistas. A mesa inicial que contou com as seguintes representações: Prof. Josemar Carvalho (representando a Rede Emancipa de Educação Popular); Isaac Ricalde (CEBRAPAZ); Dra. Sônia Jardim (Movimento Desenvolve São Gonçalo); & Dra. Andrea Tinoco (União Brasileira de Mulheres). A atividade foi mediada pelo histórico dirigente Wanderley. Na sequencia houve fala de diversos movimentos sociais que se colocaram a disposição para construir o Fórum.
Todos os participantes foram unanimes em defender que o FDSRD-SG tem dois objetivos centrais: o primeiro é de lutar contra os governos liberais e autoritários que retiram direitos da classe trabalhadora. Bolsonaro retira direitos do povo pobre trabalhadora e coloca a frágil democracia brasileira em risco. O segundo objetivo é de construir uma pauta programática para a nossa cidade, que leve a uma reflexão e atuação conjunta dos movimentos sociais.
Ao final, o jovem Pedro Rocha (Desenvolve São Gonçalo) e Conselheiro Tutelar Silvio Carvalho (UNEGRO) fecharam o evento lendo o manifesto que foi assinada pelas diversas entidades e coletivos. Em janeiro será marcada uma reunião operativa para discutir regime interno, calendário e propostas para atuação.
Nós do PSOL apoiamos o FDSRD-SG, entendemos como importante essa iniciativa, pois num momento de dispersão de forças e de ascensão do pensamento fascista, a unidade entre os lutadores é sempre um elemento estratégico.
 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

PSOL São Gonçalo realiza palestra sobre legislação eleitoral


Foi realizada na noite dessa quarta-feira (11/12), na sede do PSOL em São Gonçalo, a palestra "Legislação eleitoral e desafios políticos". Ministrado pela advogada Dra. Gabriela Rohem, a atividade foi aberta para toda a militância do partido e em especial para aqueles que desejam se candidatar ao cargo de vereador nas eleições de 2020. Servindo como uma preparação para os pré-candidatos.

O evento contou com cerca de 50 pessoas, dentre elas militantes e pré-candidatos  a vereadores do PSOL, representações das direções de outros partidos como PT e PCdoB e interessados pelo temática. Tivemos também a presença ilustre de companheiros do PSOL de Niterói, incluindo a pré-candidata a vereança Benny Briolly. A atividade contou com a presença do pré-candidato a prefeito pelo PSOL na cidade, o Professor Josemar Carvalho.

O presidente Marcio Ornelas, em nome do diretório municipal do PSOL São Gonçalo, agradece a Dra. Gabriela pela excelente exposição que fez e a presteza em atender a nossa solicitação para a realização dessa atividade.


terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Governo Nanci-Pericar: um dos piores da história de São Gonçalo

Por Marcio Ornelas



Pericar (Vice) e Nanci(Prefeito) juntos destruindo São Gonçalo

A eleição de 2016 em São Gonçalo, foi um pleito no mínimo curioso. Justamente os dois candidatos que fugiram de todos os debates, que passaram o período da campanha sem apresentar uma única proposta concreta para a cidade, chegaram ao segundo turno. Tal acontecimento nos propiciou um dos momentos mais embaraçosos da história política do município: o trágico debate entre Nanci e Dejorge, organizado pelo G1. Para quem ainda possa ter interesse deixo o link do debate aqui.

Reinou o deserto de ideias, a incapacidade de formulação de frases que fizessem algum sentido e a certeza de que estávamos diante de dois despreparados para o cargo. Seja qual fosse o resultado daquela eleição, São Gonçalo estaria fadada ao atraso e a incompetência por mais 4 anos. Deu Nanci e cá estamos no final de 2019, presenciando um dos piores governos da história de São Gonçalo.


Nepotismo, paralisia e subserviência: algumas características nefastas


Se tivesse que escolher apenas três, provavelmente ficaria com essas do subtítulo. O governo Nanci é marcado pela ausência de comando e de iniciativas reais para enfrentar os sérios problemas da cidade. A sensação que tenho como morador, amplamente compartilhada, é a de que São Gonçalo ficou paralisada no tempo, onde absolutamente nada aconteceu. O prefeito se comporta como um passageiro do próprio governo, assistindo passivamente o deterioramento das condições de vida e dos serviços públicos na cidade. Não dá nem para dizer que fomos profundamente enganados por Nanci, ele foi eleito sem dizer absolutamente nada e assim é o seu governo. Mas é necessário fazermos algumas reflexões para que não repitamos os mesmos erros.

A política gonçalense tem um histórico terrível de casos de prefeitos que empregaram a bel prazer todo o tipo de familiares, na maioria dos casos gente sem qualquer competência para assumir funções importantes na administração pública. Essa é a velha política na sua forma mais amoral, pois ignora o compromisso público com a ética para favorecer seus consanguíneos. Talvez o caso mais emblemático seja a gestão de Aparecida Panisset, governo marcado por escândalos de corrupção, que no fim terminou com ela inelegível e seu irmão preso. Deveria ser compromisso de qualquer candidato ao cargo de prefeito não empregar parentes na sua gestão. Mas a primeira coisa que Nanci fez foi dar a sua esposa poderes imperiais para mandar e desmandar no governo, primeiro criando um cargo fantasia não remunerado e posteriormente rompendo o pudor e fazendo uma nomeação oficial. E a lista não parou por aí, teve genro, mãe do genro, primo, sobrinha e sabe lá mais quem possa ter passado desapercebido. Uma vergonha essa prática e um escárnio com o povo gonçalense.

A paralisia patológica do governo Nanci se combina a um projeto político terrível de sucateamento dos serviços públicos. A situação da educação é uma das questões que mais chama a atenção. Temos uma composição perfeita para o caos, com profissionais mal remunerados, falta de professores nas escolas, falta de merenda e estruturas caindo aos pedaços. A situação das creches públicas no município, já foi alvo de uma série de reportagens, onde crianças se amontoam em condições absolutamente degradantes. No que tange a saúde, é uma fantasia de péssimo gosto dizer que aconteceram avanços significativos. Sugiro que percorram os postos de saúde para a averiguar quanto tempo em média leva para agendar uma consulta, ou quantos efetivamente possuem médicos que atendam com regularidade. Ou que procurem um atendimento no PS e constatem como o povo gonçalense está completamente abandonado. Mas o desastre desse governo não passa impune sem a luta dos trabalhadores, com especial destaque para a greve dos profissionais da educação e a mobilização recorrente dos agentes comunitários de saúde.

Para um governo sem qualquer compromisso com a qualidade da educação, não chega a ser espantoso que também não tenha qualquer preocupação com a cultura. Assim, em três anos de governo, a falta de um projeto que dê viabilidade ao uso do Teatro Municipal, é um sintoma gritante de um governo incompetente e imóvel. Soma-se a isso o desmonte da única biblioteca pública de São Gonçalo e temos uma gestão alheia ao desenvolvimento educacional, cultural e artístico da nossa cidade.

Mas há ainda a subserviência que está no DNA de todos os prefeitos que passaram por São Gonçalo. Uma subserviência aos esquemas da velha política e aos poderosos empresários de ônibus. Nanci escapou de uma investigação (seu governo era acusado de desvio de verbas dos cemitérios municipais), submetendo-se aos desejos da câmara de vereadores. Isso na política gonçalense, está sempre traduzido numa maior quantidade de cargos que um vereador aliado ao governo pode indicar junto a prefeitura. Um círculo vicioso do qual São Gonçalo não consegue se livrar.

O PSOL junto aos trabalhadores do transporte alternativo, acionou a justiça para derrubar a lei que coloca esses trabalhadores em situação de ilegalidade. Conseguimos a vitória, com parecer judicial que apontava uma série de irregularidades no Consórcio São Gonçalo de Transporte. Foi uma vitória legítima da mobilização dessa categoria, que só reivindica o direito de poder trabalhar em paz. Cabia a prefeitura criar um sistema para regularizar o transporte alternativo. Mas o prefeito Nanci não regularizou e ainda colocou o aparato jurídico da prefeitura para recorrer da decisão judical que beneficiava os trabalhadores. Não se pode servir à dois senhores ao mesmo tempo e Nanci mostrou que está mesmo com os empresários de ônibus.


O Vice que queria ser prefeito


Na era de ouro das fake news, não existiu nada mais fake nesses três anos de governo do que a oposição de Ricardo Pericar ao governo Nanci. É patético e até mesmo constrangedor, o vice-prefeito da cidade escolher um local abandonado, com um amontoado de lixo e gravar um vídeo “denunciando” a situação de degradação vigente, como se nada tivesse a ver com isso.

Por esse papel ridículo é que Pericar vira um capítulo a parte nesse texto. Pois abraçou conscientemente uma candidatura vazia de ideias e de projetos, apenas com o intuito pragmático de alcançar o governo. Sua grande parcela de responsabilidade na eleição de Nanci e consequentemente nesse caos que hoje se encontra São Gonçalo, não será esquecida. Mas é pior ainda a postura que adotou depois que o governo teve início, comportando-se como se não fizesse parte da gestão e como se não tivesse responsabilidade sobre nada. O que Pericar fez não é uma oposição séria e responsável, é apenas deslealdade com o companheiro de chapa e puro oportunismo político para minar o prefeito, na tentativa de pavimentar um caminho curto e abjeto para a prefeitura. Se fosse para ser sério, teria renunciado ao cargo que ocupava no primeiro momento que tivesse percebido a tragédia na qual ajudou a colocar São Gonçalo.

Mas só saiu realmente quando foi obrigado pelos vereadores a renunciar para assumir o cargo de deputado federal. É esse sujeito que se movimenta única e exclusivamente para atender as suas aspirações pessoais, que quer se apresentar como uma alternativa política viável para São Gonçalo. Fiquemos atentos, pois nossa cidade já foi refém por muitos anos de políticos aventureiros.


Conclusão


Temos uma tarefa política urgente para o próximo período: derrotar os projetos políticos que querem impor o atraso, a truculência e a velha política para São Gonçalo. Esse projeto se apresenta fundamentalmente na reeleição de Nanci e em Dejorge. Essas são as candidaturas chefes da velha política e representam o deserto de ideias.

Mas as candidaturas que não possuem apreço pela democracia, que optam pela truculência e pela violência como método, que apresentam concepções racistas e machistas de sociedade, também terão vez em São Gonçalo. Ou com um aventureiro ou com o político forasteiro que de repente começou a demonstrar interesse pela nossa cidade.

São Gonçalo e o nosso povo não suportam mais o descaso e oportunismo. Somos uma cidade gigante e com muitas potencialidades, mas que está apequenada nas mãos dessa gente que não possui qualquer compromisso com as demandas reais dos trabalhadores. Os anos de descaso e de abandono, tentam roubar o brio da nossa gente, mas é preciso seguir em frente e encontrar forças para reagir.

Reunir os progressistas que querem debater ideias e projetos para São Gonçalo, nesse momento é fundamental. Construir uma agenda propositiva para ser defendida e que possa ser pauta de luta para melhorias na nossa cidade.

Nesse sentido o PSOL faz questão de saudar uma iniciativa muito interessante que é o Fórum de Dsenvolvimento Sustentável e Resistência Democrática, como um espaço que pode se desenvolver de forma saudável com o objetivo de refletir sobre a cidade e construir um programa que possa ser encabeçado pelos lutadores.

É o momento de uma virada, de um equilíbrio necessário para a disputa política real. Não queremos, ano após ano, estarmos refletindo sobre governos incompetentes e desastrosos como esse de Nanci-Pericar. Queremos estar aprofundando as discussões para melhorar as condições de vida do gonçalense e finalmente andarmos para frente!


***************
Marcio Ornelas, 30 anos, professor de geografia. Presidente do PSOL São Gonçalo/RJ, Coordenador da Rede Emancipa de Educação Popular. 

Palestra: "Legislação eleitoral & desafios políticos"


🌞 *Diretório Municipal do PSOL São Gonçalo*

Convida para palestra:

* "Legislação eleitoral & desafios políticos"

*Palestrante: 🗣 Dra. Gabriela Rohen (Advogada do PSOL-RJ)

*Dia* 11 de Dezembro de 2019

*Local* 🏠 Rua Jaime Figueiredo 747 - Patronato - São Gonçalo (Sede-PSOL SG)

*Como chegar? 🐾 Essa é a Rua da Caminhada - o local fica na altura da UERJ São Gonçalo

*Horário -  18h30h

*Observação - 🔍 essa atividade é aberta a todxs que queiram assisti-la, em especial pré-candidata(o)s

✊🏿✊🏿✊🏿✊🏿