Por Marcelo Saraiva
“Quando se governa com a direita, é ela que governa”
Radomiro Tomic
Democrata cristão chileno 1972
Nossa cidade |
Quando se começa a analisar os
cenários de uma futura eleição é fundamental analisar a conjuntura e a
correlação de forças, como também as lições que a história nos deixa de legado.
Pois bem, legitimamente os partidos do campo democrático,popular e de esquerda
começam as conversas sobre as eleições de 2020. Começaram uma discussão sobre a possibilidade de uma
composição de centro-esquerda. Algo que ao meu ver, não combina com o que a
conjuntura exige. As eleições municipais apontam para uma nacionalização face a
ofensiva do governo Bolsonaro e o seu programa de extrema direita ,com privatizações,
retirada de direitos e um conjunto de ações de perfil totalitário.
O legado de
alianças já feitas na cidade vale a pena ser lembrado. A aliança PDT-PT de 1996
é um exemplo. A época o enfrentamento com o governo neoliberal de FHC no plano
nacional exigia uma aliança no plano local
das forças de oposição. Foi feito então
uma aliança eleitoral que foi vitoriosa. Entretanto, na questão
programática foi mal discutida. Veio a montagem do governo. O PT que elegeu o
vice prefeito, não elegeu vereador. A Câmara foi hegemonizada pela
centro-direita seguindo seu histórico. A relação pragmática do executivo com o
legislativo portanto, não se alterou. O ORÇAMENTO PARTICIPATIVO carro chefe das
administrações petistas foi discutida com a comunidade mas o seu modelo que
tinha como referência a cidade de Porto Alegre não foi permitido ser
implementado pelas forças de centro-esquerda que ocupavam o governo
começando pelo partido do prefeito o
PDT. Ou seja, um programa que mudaria a relação da sociedade gonçalense, com as
decisões governamentais as dando protagonismo não foi implementado em parte e e
com outros atores, pelas mesmas forças partidárias que hoje reivindicam a
centro-esquerda. Não podemos permitir que a história se repita desta vez como
tragédia.
Onde está a
saída? Está pela ESQUERDA, sem medo, sem disfarces. Onde um programa discutido
pela sociedade e apontando para o seu protagonismo seja construído.
Se o centro apontar seu pendulo para
o nosso lado por achar que é o melhor caminho que o faça. Mas a hegemonia será
da esquerda governando com e para o povo, para quem mais precisa tendo o caminho do
socialismo como estratégia.
Marcelo Saraiva – 52 anos, professor de
história da rede estadual e militante do PSOL - São Gonçalo
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Leia também a nota politica do PSOL São Gonçalo que aponta a necessidade da esquerda no município no momento atual, clicando no link ao lado: Unir para Avançar!
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